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Mas Influencias

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Necronoise's avatar
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Más Influencias

Tudo começou aos meus 17 anos, minha família era de classe alta, tínhamos tudo que queríamos, mas minha família nunca me dava o que eu precisava que era o amor, a presença e o apoio. E esse foi um dos motivos para meu futuro ser decadente.

Quando completei 17 anos eu comecei a fazer amizades sérias. Mas as amizades escolhidas por mim foram as que me levaram para o fundo do poço. Que eram os meus amigos mimados e riquinhos, quase iguais a mim.

E foi em um dia de verão, no começo das aulas aqui mesmo na escola particular onde eu estudava que eu os conheci. Pablo, Cleber e Oliver.

Depois de uns dias estudando juntos que nós viramos amigos. Ate aquele dia chegar. Estava eu lá sentado na cadeira da sala de aula, terminando uma pequena atividade quando eles chegaram ao tocar o sinal para o intervalo.

E ai cara. Beleza? - Dizem eles.

Quale? Tudo na paz. – Digo.

E então? Vocês estão sabendo da festa que ira ter hoje na casa do Rogério? Vai rolar muita diversão lá. – Digo puxando assunto.

Claro mano! Mas é o seguinte, nós viemos aqui para chamar você para ficar conosco na festa. – Diz Pablo.

E então, ta afim? – Pergunta Cleber.

Opa! Já é. Mas, que horas a gente se encontra? – Pergunto.

Umas 11 horas, lá na entrada da Festa. Combinado? – Pergunta Oliver.

Beleza. – Digo confirmando.

E assim, meu compromisso com a morte foi selado. Depois que a aula terminou, eu voltei para casa de carro, dirigido pelo motorista da família. E ao chegar lá eu revejo a mesma cena de todos os dias. Ninguém em casa, apenas os empregados fazendo suas tarefas diárias. Eu gostaria que, ao menos 1 dia da minha vida eu conseguisse ficar com minha família o dia inteiro, juntos. Mas acho que isso não ira se realizar nunca... Bom, deixei de lado esse pensamento para traz e fui almoçar.
Depois de algumas horas esperando, chega o momento da festa. Eu estava bem empolgado então antes da hora eu me apressei e me arrumei. Peguei um carro da família e fui para o local da festa. E no caminho comecei a pensar a respeito dela.
Eu estava apenas começando a freqüentar lugares do tipo, como não era muito de sair. Engraçado é que isso ocorre bem mais cedo comparando minha idade com as dos jovens de hoje. Mas não me importei com isso, pois o que eu queria mais era me divertir, ainda mais porque eu estaria me divertindo com esses novos amigos, que além de serem bem legais, eles eram os caras com mais moral na escola e os mais pegadores da área. Portanto eu estava entre "gente boa".

Depois de me tocar, eu percebi que eu tinha chegado lá em cima da hora, mas que também tinha consegui achar um bom lugar para estacionar o carro. O lugar da festa estava bem cheio e tinha muita gente lá, gente da escola e de outros lugares também. O Rogério sabia mesmo fazer uma boa festa.

Enfim, ao dar umas 11 horas no relógio do celular eu encontrei os meus novos amigos na entrada da festa, eles estavam com umas amigas e algumas bebidas alcoólicas. Eu achei meio estranho no inicio, mas como estava na casa do Rogério, um grande amigo deles nem liguei e acabei achando normal e ate legal da parte deles trazerem as bebidas de graça.

Depois de 2 horas e meia de festa eu e eles já estávamos quase de porre, caindo de bêbados. Ate que o Cleber que estava mais sóbrio que a gente chega e nos chama para um canteiro escuro, no fundo da casa do Rogério. E ao chegarmos lá ele nos mostra o êxtase. Eu nunca tinha usado droga nenhuma ou ao menos bebido tanto como esse dia então, na conversa deles eu usei. Foi o meu primeiro contato com as drogas. E ao usar aquilo depois de alguns minutos eu comecei a ficar zonzo e depois desmaiei.

Ao acordar eu percebi que eu tinha ficado sozinho no canteiro. Meio surpreso e com uma enxaqueca terrível eu fui embora.

E assim foi, as coisas começaram a piorar mais e mais a cada dia, e eu começei a usar bebidas e drogas com maior freqüência nas festas. No começo eu apenas bebia sem vergonha, mas as drogas eu usava escondido, só que depois de um tempo, eu comecei a usar sem vergonha. E quanto mais usava menos vergonha tinha. Cheguei a um ponto que comecei a usar e beber de tarde, de manhã, em locais públicos como praça e parques e ate em casa algumas vezes!

E sem perceber, virei dependente delas, tão dependente que comecei a faltar às aulas de manhã e aos cursinhos à noite. Comecei a faltar às festas e a encontros familiares e também a eventos sociais. E mesmo sabendo que isso estava me prejudicando, eu não estava nem ai. Também, nem mesmo a minha família ligava, não estava nem ai pra mim.

Então nem me importei, porque o que era importante para mim naquele momento era meus amigos e minha diversão.

Depois de 3 meses usando e bebendo, eu já não estava me sentindo muito bem as vezes, e não era só comigo, meus amigos também.

Minha família por outro lado começou a pegar no meu pé. Meu Pai, minha Mãe e minha irmã. Mas eles só falavam merda, nunca estavam presentes em nada da minha vida e agora vem encher meu saco? Pois bem, não irei dar ouvidos a eles.

E assim o tempo se passou e depois de 5 meses usando drogas e bebidas, além de faltar a tudo quanto é aula e ocasiões sociais. Minha família decidiu cortar minha grana diária que eu era livre para gastar.

Eu não agüentei aquilo, eu precisava das bebidas e das drogas! Então, eu decidi roubar a minha família. Não só eu a minha família, mas os meus amigos as deles. Então fizemos o plano, eu, Cleber, Pablo e Oliver além de outros amigos roubamos as nossas próprias famílias, roubamos quase tudo, desde carros ate dinheiro que estavam nas contas bancarias de nossas famílias para comprar e vender bebidas e drogas.

E como não poderíamos ficar na casa de nenhum amigo ou parente para fazer o nosso plano decidimos ir para a favela da nossa cidade. Mas porque lá? Porque é como todo mundo diz, lugar de bandido é na favela. E assim eu virei um marginal, vendedor de drogas e bebidas, além é claro de ter virado um viciado nelas.

Depois de 4 meses nesse esquema, vendendo, mas usando e bebendo exageradamente. A minha parte acaba. E como todo viciado, eu começo a pedir dinheiro emprestado aos meus amigos e assim começo a acumular dividas. Tantas dividas que para pagar-las eu sou morto pelos meus amigos, meus próprios amigos que no fim, acabam alguns morrendo por overdose, cirrose ou por policiais ou bandidos que rodeiam suas vidas.



PIIIIIIIIIIIIIIIIIII! – Apita o sinal do Intervalo.

AAH! – Grito acordando da cadeira da sala.

Foi... Um sonho? Apenas um sonho... – Digo confuso e pasmo.

E ao me virar, vejo meus amigos, Pablo, Cleber e Oliver. Os mesmos amigos do meu sonho vindo em minha direção, falando a mesma coisa da festa que disseram no meu sonho. E ao chegar à festa no mesmo horário, tudo aconteceu. Mas eu não cai nessa de novo, pois quando vi meus amigos igual ao sonho com bebidas e etc., eu desisti dessa amizade e dessa má influencia.

Hoje tenho 26 anos e há 7 anos estou na campanha "Más Influencias" onde todos os dias eu salvo jovens do vicio da droga e do álcool. Jovens de classe média, alta e baixa.


Por Eduardo Henrique Nunes Pereira. Monte Azul, 1 de abril de 2010.
Fiz essa pequena historia para ser roteiro de uma animação que eu iria fazer, mas acabei me aprofundando nesta historia que deixei de lado a idéia da animação.

Espero que gostem.

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Desculpe os erros de português.
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RafaParente's avatar
Eduardo - O contador de histórias.
Seu portuguêis ganha do meu.